quarta-feira, 29 de março de 2017

Volume de chuvas deve diminuir em todo Ceará segundo FUNCEME

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou, entre as 7 horas de segunda- feira (27) e 7 horas de terça-feira (28), chuvas em 55 municípios cearenses. As precipitações concentraram-se na região Norte, na faixa litorânea. As três maiores foram observadas em Aquiraz (65mm), Ipu (53.3mm) e Itaitinga (40mm). A redução das chuvas deve prevalecer nos próximos dois dias.

De acordo com a média histórica, abril tem previsão de chuvas em menor quantidade do que março. Para o próximo mês o normal são 188mm em média no Estado e para maio, o último mês da quadra invernosa, o esperado são 90mm. Atual mês já registrou precipitações dentro da média histórica e ainda faltam três dias para o seu término. Até ontem, choveu no terceiro mês do ano 207.6 mm. A média histórica do período é de 203.4mm. O desvio positivo até aqui já é de 2.1%. 

Para hoje, quarta-feira, a Funceme prevê tempo com nebulosidade variável com possibilidade de chuvas isoladas no litoral, nas regiões Noroeste e Sul do Estado. Nas demais áreas, o céu deve ficar parcialmente nublado. Para esta quinta-feira há possibilidade de ocorrência de chuvas isoladas na faixa litorânea, Serra da Ibiapaba e no Cariri. 

No campo, os agricultores estão animados com o desenvolvimento do plantio de milho e feijão. As chuvas, mesmo isoladas permaneceram constante ao longo deste mês. “Quem plantou mais cedo já começa a colher milho verde na próxima semana”, disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguatu, Sebastião Alves. “Vamos ter uma Semana Santa com muita fartura de legume”. 

Os criadores também estão aliviados com as chuvas que asseguram o crescimento da pastagem nativa (capim) para o gado, reduzindo a despesa com alimentação, ou seja, a compra de forragem (silagem ou fenação de capim) para os animais. “Espero que continue chovendo até maio ou mesmo junho para manter o pasto para os bovinos”, disse o pequeno produtor rural, Jaime Oliveira, que mora em Santa Rosa, zona rural de Iguatu. 

A preocupação permanece, entretanto, com a reserva hídrica dos médios e grandes reservatórios estratégicos para o abastecimento dos centros urbanos. Em Iguatu, por exemplo, o Açude Trussu, que assegura o abastecimento de mais de 70 mil moradores de Iguatu, além de Acopiara, está com apenas 13% de sua capacidade. Praticamente não houve recarga ainda na atual quadra invernosa. 

O Açude Lima Campos um dos mais antigos do Ceará, construído pelo governo federal para combater os efeitos da seca de 1932, acumula apenas 10% de sua capacidade. O reservatório é responsável pelo abastecimento da cidade de Icó, da Vila de Lima Campos e de outras localidades rurais. “A qualidade da água já está ruim e os moradores estão reclamando”, disse o integrante do Comitê da Sub Bacia do Alto Jaguaribe, Erivan Anastácio. “Se não houver recarga, a situação tende a se agravar após o fim da quadra chuvosa no Estado”. 

A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) registrou, ontem, aporte total de 16,7 milhões de metros cúbicos, nos 153 açudes monitorados pelo órgão. O volume atual é de 10,3%. Subiu de quatro para seis o número de açudes que estão transbordando: Acaraú Mirim, em Massapê; Caldeirões, em Saboeiro; Valério em Altaneira; Itaúna, em Granja; São Pedro Timbaúba, em Miraíma; Maranquapinho, em Maranguape.
 
Terra úmida 

A Cogerh registrou aportes ontem em 67 açudes, destacando-se os açudes Acarape do Meio, Angicos, Aracoiaba, Araras, Arneiroz II, Ayres de Sousa, Castanhão, Caxitoré, Frios, General Sampaio, Jaburu I, Orós, Pedras Brancas e Pentecoste. A terra está úmida e tem favorecido a chegada de água aos reservatórios, daí a importância das chuvas continuarem regulares em todas as regiões.
 

Fonte Diário do Nordeste,Via Portal De Noticia CE